Nos labirintos do código, ergue-se a mente,
Em redes neurais, flui o pulso da razão,
Entre o zero e o um, o futuro é presente,
Mas na ausência do toque, evapora a conexão.
As máquinas decifram o que o olhar esquece,
Num padrão de pixels, traduz-se a emoção,
No cálculo exato, o afeto adormece,
E o sorriso real se torna abstração.
Em protocolos binários, dilui-se a essência,
Palavras fluem, sem eco ou pulsar,
São pacotes de dados, sem resistência,
Trocados no silêncio frio do teclar.
E enquanto o avanço engole o presente,
Desenha-se um novo mundo sem rosto,
Onde o toque, agora raro e ausente,
É apenas um espectro no espaço composto.